Cromomicose
Lam. A. 87

 

 
 
HIPERQUERATOSE  E  ACANTOSE.   Os fragmentos de pele obtidos por curetagem estão cortados em vários planos.  Há grande espessamento da epiderme por maior quantidade de células na camada de Malpighi (ou camada espinhosa), a que se chama acantose. A camada granulosa, que vem logo acima da  camada de Malpighi e também está espessada, destaca-se pelos grânulos de queratohialina, basófilos, no citoplasma dos queratinócitos. A camada córnea é grossa e contém numerosos estratos de queratinócitos anucleados.  A isto se chama hiperqueratoseortoceratótica.  Em certos casos estas alterações hiperplásicas da epiderme tornam-se tão intensas que simulam um carcinoma epidermóide. Por isso são, às vezes referidas como hiperplasia pseudocarcinomatosa ou pseudoepiteliomatosa.  Devem-se ao processo inflamatório crônico desencadeado pela micose profunda, no caso, uma cromomicose.  Tanto na camada córnea como na derme, há vários microabscessos, em alguns dos quais é possível observar o agente etiológico. Microabscessos na derme são comuns na cromomicose e são engolfados ou abraçados pela epiderme hiperplásica. Os microabscessos contêm gigantócitos, e podem ser considerados granulomas de centro abscedido.

 
 
O  AGENTE  ETIOLÓGICO da cromomicose é um fungo arredondado (portanto, uma levedura), que tem a peculiaridade de ter cor pardacenta própria, dispensando colorações especiais para sua observação. Tem diâmetro entre 8 e 12 mm e divide-se por cissiparidade ou bipartição simples, notada em vários espécimes através de um sulco equatorial que às vezes dá à célula o aspecto de um grão de café.  É comum encontrar o fungo aos pares ou em cachos, devido à cissiparidade.  Os gêneros mais comuns são Phialophora e Cladosporium

 
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