Adenoma da supra-renal
Lam. A. 198/216

 

 
 
CÓRTEX  NORMAL  DA  SUPRA-RENAL

 
CAMADA  GLOMERULOSA
CAMADA  FASCICULADA
CAMADA  RETICULAR

 
 
ADENOMA  DO  CÓRTEX   DA  SUPRA-RENAL

 
DISTRIBUIÇÃO  E TAMANHO  IRREGULARES  DAS  CÉLULAS

 

 
Lâm. A. 198/216. Adenoma da supra-renal.   O fragmento maior desta lâmina foi retirado de uma mulher de 38 anos, que notou aumento da pilificação, engrossamento da voz e amenorréia há 3 meses. O diagnóstico de tumor da supra-renal E foi feito por métodos radiológicos e ultrasonográficos. 
            O exame histológico mostra uma neoplasia benigna originada no córtex da supra-renal, portanto, um adenoma. O tumor forma um nódulo bem delimitado (ver peça GE-39) e parte da glândula original ainda é vista na sua periferia. Não há evidência macro- ou microscópica de invasão dos tecidos vizinhos ou de vasos, o que fala a favor da benignidade do tumor. (O outro elemento que poderia definir se o tumor é maligno seria a presença de metástases, mas isto não foi detectado clinica- ou laboratorialmente).
            Microscopicamente, o adenoma é constituído por células arredondadas ou poligonais, com núcleo redondo e citoplasma claro, que lembram as células da camada cortical normal. Contudo, há diferenças nítidas. No adenoma as células não se dispõem segundo uma arquitetura regular (como as camadas normais do córtex), e sim formam massas e blocos ao acaso. Há variação moderada no volume celular e no volume e cromatismo dos núcleos, havendo núcleos grandes, escuros, com ou sem nucléolo evidente. Há também células com dois ou três núcleos, o que praticamente nunca é observado no tecido normal. Estas variações são chamadas pleomorfismo (ou polimorfismo) e são também observadas nas neoplasias malignas. Porém, por si sós, não são suficientes para definir malignidade. 
            Nos tumores endócrinos, em particular, é difícil avaliar o comportamento biológico pelo aspecto morfológico das células (isto é, se o tumor cresce lentamente ou se comporta de forma agressiva). Também não é possível pelo exame da lâmina corada por HE dizer se o tumor é secretante ou não, que hormônios secreta e em que quantidade, e se há repercussão clínica, como masculinização ou síndrome de Cushing. 

 
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