Hemossiderina em alvéolos pulmonares na insuficiência cardíaca congestiva
Lam. A. 129

 
            O objetivo desta página é demonstrar a hemossiderina, um  pigmento derivado do metabolismo do ferro.  O corte é de pulmão, e o paciente sofria de insuficiência cardíaca congestiva esquerda.  Na ICCE o VE  tem potência diminuída e há retenção de sangue na circulação pulmonar, causando congestão ou hiperemia passiva crônica. Faz parte da hiperemia passiva a  hipertensão nos capilares alveolares, o que obriga as hemácias a passar, através das células endoteliais e dos pneumócitos, para a luz dos alvéolos (um fenômeno conhecido como diapedese). 

            Na luz alveolar, as hemácias são fagocitadas por macrófagos. A hemoglobina é digerida, separando o heme, o grupo que contém ferro, da parte proteica, a globina. O ferro é incorporado a moléculas de apoferritina (uma proteína aceptora presente no citoplasma de muitos tipos de célula, inclusive os macrófagos) na forma de micelas de hidroxifosfato férrico (ferro na valência 3).  Quando estas partículas excedem um certo tamanho tornam-se visíveis ao microscópio óptico na forma de grânulos de hemossiderina


 
 
 Nesta imagem escaneada da lâmina, nota-se que os alvéolos estão pouco expandidos e há material escuro dentro dos alvéolos. 

 
Em aumentos maiores, os septos interalveolares mostram-se espessados, com mais células e colágeno que o normal, devido à congestão crônica. As hemácias extravasadas dos capilares para a luz alveolar e fagocitadas pelos macrófagos alveolares dão origem ao pigmento hemossiderótico. Este é marrom, granuloso, rico em ferro. Os grânulos variam de tamanho de finos a grosseiros e são encontrados dentro e fora de macrófagos alveolares. São um pouco refringentes (isto é, brilham quando se abaixa o condensador do microscópio e se mexe no foco micrométrico, pois os grânulos se comportam como diminutas lentes). O pigmento só é formado dentro de células (p. ex. macrófagos), mas fica livre no espaço extracelular quando a célula morre. 



 
PULMÃO  NORMAL  PARA  COMPARAR  (da lâm. A. 209)
Este corte de pulmão (Lâm. A. 209) apresenta um foco de broncopneumonia, que é estudada no módulo de Inflamações e não está demonstrado nesta página. Aqui observamos as áreas normais vizinhas, que servem como comparação para o pulmão da congestão passiva crônica, visto acima. Notar a espessura fina e textura delicada dos septos interalveolares e a ausência de macrófagos contendo hemossiderina. 

 
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