Cardiomiopatia   hipertrófica 
vs. miocárdio normal

 
 
Imagens escaneadas das lâminas reproduzidas no mesmo aumento. Ambos cortes foram tirados do septo interventricular, o da E. de um coração normal, e o da D. de um caso de cardiomiopatia hipertrófica. A espessura do septo deste coração é cerca do dobro do normal. 

 
A. 367 B  MIOCÁRDIO NORMAL
Notar miocardiócitos de diâmetro normal, arranjados em feixes paralelos. Há pouco tecido conjuntivo no interstício. 
A. 367 A  CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA
Miocardiócitos hipertróficos, dispostos em várias direções. Fibrose intersticial. Fotos respectivamente nos mesmos aumentos.

 
CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA

 
Lâm. A. 367A. Cardiomiopatia hipertrófica (septo interventricular) +  A. 367B. Miocárdio normal do septo interventricular.    A cardiomiopatia hipertrófica caracteriza-se por desarranjo da arquitetura e intensa hipertrofia das fibras do miocárdio, com leve fibrose intersticial. Comparar com o miocárdio normal.  As fibras, além de fortemente hipertróficas (notar volume dos núcleos) estão dispostas de forma irregular, em várias direções e algumas têm ramificações anômalas. 

 
 

CARDIOMIOPATIA   HIPERTRÓFICA
            Na cardiomiopatia hipertrófica há maciça hipertrofia do miocárdio não acompanhada de dilatação.  A hipertrofia afeta mais o septo interventricular que a parede livre do VE (proporção > 1,3). O septo faz proeminência para o lumen e dificulta o enchimento do ventrículo durante a diástole. Na sístole, pode causar obstrução parcial da via de saída para a aorta, porque a hipertrofia do septo tende a ser mais acentuada na região subaórtica. 

            Em cerca de metade dos casos a doença é autossômica dominante com expressão variável. No restante, os casos são esporádicos ou o mecanismo de herança é obscuro. São conhecidas mutações de 7 ou mais genes diferentes situados em cromossomos diferentes. As mutações podem condicionar alterações em diversas proteínas do aparelho contrátil dos cardiomiócitos. Há variação entre os efeitos de diferentes mutações de uma mesma proteína. Algumas são mais propensas a causar morte súbita que outras.

            A cardiomiopatia hipertrófica é uma das principais causas de morte súbita em atletas ou pessoas jovens que falecem durante atividade física. Isto se deve a arritmias ventriculares, levando à fibrilação. Há sopro sistólico, devido à obstrução parcial da via de saída do VE. Pode haver isquemia do miocárdio com dor anginosa, mesmo na ausência de aterosclerose coronariana. A isquemia é resultante da hipertrofia maciça, e da alta pressão dentro da câmara do VE, que comprime os vasos intramiocárdicos. Também se descreve espessamento de pequenas artérias intramurais por hipertrofia da média. Outros complicantes são fibrilação atrial, endocardite bacteriana da valva mitral  e insuficiência cardíaca com dispnéia. 


 
Peça deste assunto
Peças - lista
Peças - minis
Banco de imagens
Outros módulos
Índice alfabético
Lâminas - lista
Lâminas - minis