Gangliocitoma / ganglioglioma  de
córtex  cerebral - 
Imunohistoquímica  para  glia

 
Quadro  comparativo de lâminas escaneadas de HE, LFB/N e imunohistoquímica. 

Em HE e LFB/Nissl a pequena área de ganglioglioma facilmente passaria despercebida. A diferenciação mais nítida é com vimentina (VIM) que mostra reação forte na área de ganglioglioma, comparada com reação fraca (praticamente limitada aos vasos) no restante do tumor.  Nas reações para neurônios, a diferença mais evidente ocorreu com cromogranina (CGR), que cora os corpos celulares dos neurônios. A área de ganglioglioma reage fracamente, o que também é notado com enolase neurônio-específica (NSE) e sinaptofisina (SNF). Nas reações para neurofilamento (NF) e proteína glial ácida fibrilar (GFAP) a diferenciação é difícil ou ausente, assim como para proteína S-100 (esta não demonstrada aqui). 


 
IMUNOHISTOQUÍMICA

 
VIMENTINA
VIM. Lâmina escaneada após reação imunohistoquímica para vimentina mostra a pequena área de ganglioglioma como fortemente positiva, destacando-a do gangliocitoma, que constitui quase todo o resto do material. A positividade deve-se principalmente a células gliais (astrócitos e seus prolongamentos). 
VIM . Aumento fraco.   A área de ganglioglioma é bem delimitada e mostra pequenos calcosferitos na periferia, não observados em outros locais. 
VIM.  Parte de gangliocitoma. No gangliocitoma a vimentina demonstra bem os vasos, que se destacam fortemente do tecido de fundo.  Há poucos astrócitos positivos, neurônios não reagem. 
Vasos. Os capilares marcados por vimentina são delicados. Aparentemente, tanto células endoteliais como pericitos se coram. 
Astrócitos.  Só alguns astrócitos se marcam com vimentina.  Têm citoplasma mais abundante que o habitual, e são provavelmente anômalos.  Em comparação, com GFAP todos são marcados.  Por isso, vimentina é um anticorpo muito útil para demonstrar lesões com astrócitos anormais e hipertróficos, como nas displasias corticais, estabelecendo um contraste forte entre o tecido normal e o displásico. 
VIM.  Parte de ganglioglioma. No ganglioglioma há muito mais astrócitos corados que no gangliocitoma, o que é em grande parte responsável pela maior densidade de prolongamentos celulares, destacando esta área em relação ao gangliocitoma. 
Astrócitos. Muitos astrócitos na área de ganglioglioma têm citoplasma mais abundante e prolongamentos mais espessos que astrócitos normais. Os neurônios são negativos. Há células anômalas com núcleo semelhante ao de neurônio, com nucléolo proeminente, mas citoplasma positivo para vimentina (em neurônios normais o citoplasma não se marca). Os astrócitos anômalos têm freqüentemente relação de proximidade ou contato íntimo com neurônios, como já visto em outros gangliogliomas ou em casos de displasia cortical
Vasos. Os capilares marcados na parte de ganglioglioma parecem um pouco mais espessos que os na parte de gangliocitoma. 

 
GFAP
GFAP.  Parte de gangliocitoma.   Em meio aos neurônios, que são as células mais proeminentes no gangliocitoma, há também muitos astrócitos. Não têm a morfologia normal de astrócitos protoplasmáticos ou fibrosos do tecido nervoso normal. São maiores, com citoplasma mais abundante e muitas vezes com textura granulosa ou floconosa. Vários são binucleados. Neurônios não reagem. 
Neurônios. São todos GFAP negativos e notados pelo núcleo crom cromatina frouxa e nucléolo evidente. 
GFAP.  Parte de ganglioglioma.  Há maior densidade de prolongamentos astrocitários que no gangliocitoma e os neurônios são menos evidentes. Como no gangliocitoma, muitos astrócitos são anômalos, com citoplasma abundante e núcleo excêntrico, às vezes lembrando astrócitos gemistocíticos. As formas anormalmente grandes parecem mais freqüentes aqui que no gangliocitoma. 

 
S-100
S100. Parte de gangliocitoma. Há relativamente pouca marcação. Só astrócitos destacam-se, em pequeno número, com positividade nuclear ou nuclear e citoplasmática. Alguns são francamente anômalos, como já demonstrado com GFAP e VIM (acima). 
S100.  Parte de ganglioglioma.  O número de astrócitos marcados é muito maior que no gangliocitoma, revelando-se por positividade nuclear forte e citoplasmática fraca. As células marcadas têm citoplasma relativamente escasso. 

 
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