Astrocitoma pilocítico de lobo temporal

 
HE
Na lâmina 1 estão incluídos dois fragmentos de tumor e córtex cerebral. Detalhes abaixo nos quadros A  e B. 

A delimitação entre o tumor e o tecido nervoso é nítida. O tumor tem textura frouxa, e apresenta área degenerada central circundada por capilares profiferados. 

Abaixo, correlação entre a imagem de ressonância e a lâmina escaneada.  Para mais imagens de RM deste caso, clique aqui

Periferia do tumor, mostrando boa delimitação com o tecido nervoso adjacente. 

 
Astrocitoma pilocítico.   Aspecto geral do tumor.  Neoplasia glial de textura frouxa, constituída por astrócitos de padrão morfológico protoplasmático (prolongamentos celulares curtos com poucas fibrilas) apoiados em delicada trama vascular. 
Corpos hialinos granulosos.  São comuns neste exemplo, constituídos por proteínas produzidas pelos astrócitos neoplásicos. Lembram as fibras de Rosenthal, que são características (embora não exclusivas) dos astrocitomas pilocíticos.  Neste caso, porém não foram encontradas.  A presença de corpos hialinos granulosos em um glioma é sinal de baixa malignidade. 
Proliferação vascular.  Em torno da porção central do tumor há uma orla de capilares proliferados, classicamente comparados a guirlandas de flores, ou a glomérulos renais (pseudo-
glomérulos). 
Proliferação vascular.  Em astrocitomas difusos, a proliferação vascular é um importante critério de malignidade. Contudo, o mesmo não vale para os astrocitomas pilocíticos, onde capilares proliferados não são valorizados como sinal de mau prognóstico. 
Pseudoglomérulos. São capilares proliferados que lembram glomérulos renais.  São caracteristicos do glioblastoma multiforme, onde valem como um dos critérios de malignidade na classificação da OMS. Contudo, nos astrocitomas pilocíticos, não indicam malignidade. 

 
Calcificações. Calcificações grosseiras eram vistas nas imagens de tomografia computadorizada, como exemplificado ao lado. Para mais imagens de TC deste caso, clique na figura. »» 

Nos cortes histológicos, as calcificações ocorrem em distribuição irregular, principalmente na parte central degenerada do tumor e, também, no tecido neoplásico viável.


 
IMUNOHISTOQUÍMICA
 
Quadro comparativo das reações na lâmina 2.
O pequeno fragmento em cima e à E (no retângulo vermelho na lamina de GFAP) é de cortex cerebral. Os fragmentos da parte central da lâmina são do tumor. Notar que o tumor reage positivamente para os três antígenos da primeira fileira (normalmente presentes em astrócitos) e negativamente  para os três antígenos da segunda fileira (normalmente presentes em neurônios) .
GFAP. Reativa nos astrócitos neoplásicos, mas não nos corpos hialinos granulosos. 
VIM. Reativa nos astrócitos neoplásicos e nos corpos hialinos granulosos. 
S-100. Reatividade citoplasmática e nuclear nos astrócitos neoplásicos.

 
MARCADORES NEURONAIS: todos negativos. A ausência de neurônios afasta a hipótese diagnóstica de ganglioglioma. 
NSE NF
SNF CGR

 
KI-67. Este marcador de proliferação celular foi positivo em poucas células, confirmando a natureza indolente do tumor.  Nos capilares proliferados a marcação foi maior. 
Nos astrócitos tumorais. Poucos núcleos marcados (< 2%)
Nos capilares proliferados. Maior proporção de núcleos marcados (5%)

 
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