Peça
F-3. Esquistossomose hepática (exemplo de congestão
passiva crônica no território da veia porta). A
esquistossose
hepática não desorganiza a arquitetura lobular do fígado
como a cirrose. Os vermes adultos vivem nos ramos intrahepáticos
da veia porta, onde causam reação inflamatória crônica.
Com o tempo esta progride a intensa fibrose periportal, em que uma camada
de tecido fibroso circunda as veias. O aspecto foi chamado de fibrose
em haste de cachimbo de barro (clay pipe-stem cirrhosis ou fibrose
de Symmers) devido à sua espessura e à cor esbranquiçada.
A presença de vermes (vivos ou mortos) e de ovos retarda o fluxo
portal, causando hipertensão portal. Há aumento de
pressão e dilatação das tributárias da veia
porta (veias mesentéricas superior e inferior e veia esplênica).
No baço, isto causa esplenomegalia esclero-congestiva: o
baço aumenta de volume, passando a pesar cerca de 800 g (normal
150 g) e torna-se duro devido à fibrose da polpa vermelha. Neste
exemplo, o baço ficou praticamente do tamanho do fígado.
Além disso, há formação de anastomoses de veias
tributárias da porta com o sistema cava, constituindo das varizes
esofágicas. |