Lâm.
A. 232. Cancro duro sifilítico em glande peniana. Parte
do epitélio de revestimento plano estratificado não corneificado
da glande está ulcerado. A
submucosa mostra-se recoberta
por exsudato fibrinoso, e intensamente infiltrada até a profundidade
por células inflamatórias mononucleares, com forte participação
de plasmócitos. Isto ocorre tanto na região ulcerada
como na com mucosa íntegra. Os plasmócitos são facilmente
reconhecíveis por seu citoplasma basófilo (violáceo)
e núcleo excêntrico, e sua presença abundante é
uma feição própria da sífilis.
O cancro duro é a manifestação primária
da doença, e é devido à proliferação
do Treponema pallidum no ponto de inoculação,
geralmente na mucosa dos órgãos genitais (glande peniana,
vagina ou colo uterino). A lesão é ulcerada, geralmente indolor,
e tem consistência endurecida, devida ao intenso infiltrado inflamatório
crônico. Regride espontaneamente em cerca de um mês. A partir
daí ocorre disseminação hematogênica do agente,
causando lesões cutâneas chamadas roséolas sifilíticas
(fase secundária), também de regressão espontânea.
A fase terciária só ocorre após vários anos.
Suas principais manifestações são a aortite sifilítica
(ver peça C-29 e lâmina A.
94) e lesões no sistema nervoso central como a paralisia
geral (peça SN-57). |