Criptococose pulmonar  - achado incidental em autópsia.
1. HE
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Este pequeno foco de criptococose pulmonar despertou nosso interesse por se assemelhar a um complexo primário tuberculoso.  Foi um achado incidental em autópsia, em localização subpleural. Com alta probabilidade, o fungo chegou ao pulmão por via aérea e multiplicou-se nos alvéolos causando reação granulomatosa, necrose e fibrose.  Supostamente, é a partir de focos como este que o criptococo pode ganhar a corrente sanguínea e causar a criptococose cerebral , a complicação mais temível desta micose profunda. 
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Destaques  da  microscopia. 
HE.  Aspecto geral. Periferia da lesão e fina cápsula fibrosa.  Fungos entre macrófagos xantomatosos.  Criptococo - membrana de duplo contorno
Mucicarmim PAS Grocott 
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Lâminas escaneadas. 

Aspecto panorâmico em coloração hematoxilina e eosina mostra o que parece ser o mesmo foco em dois cortes. Chama a atenção a boa delimitação. O parênquima pulmonar limítrofe é essencialmente normal. 

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HE
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Periferia da lesão. 

Na foto ao lado, segmento da periferia da lesão maior, em posição subpleural.  A pleura visceral está à direita.  A lesão é circundada por fina cápsula fibrosa que a separa dos alvéolos normais. O interior é rico em fungos e células inflamatórias. 

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Outra área. 

Neste outro fragmento (pode ser outra área da mesma lesão ou outra lesão) há menos fungos. O tecido é predominantemente fibroso, mais compacto, sugerindo boa evolução, para cura. 

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Criptococose : fungos  vs.  reação  inflamatória.   Os criptococos produzem espessa cápsula de mucopolissacárides que os protege contra fagocitose e permite que proliferem sem serem destruídos pelos macrófagos.  Aqui observamos vários fungos circundados por um espaço vazio correspondendo à cápsula, que não se cora em HE. O fungo propriamente dito é o corpúsculo basófilo no centro.  As células inflamatórias são principalmente linfócitos, neutrófilos e macrófagos com citoplasma espumoso ou xantomatoso. Não se observam granulomas de células epitelióides e/ou gigantócitos. 
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Criptococos : membrana de duplo contorno.  O corpo celular do fungo propriamente dito é a parte interna levemente basófila. [A membrana citoplasmática, naturalmente, não é visível em microscopia óptica (só em microscopia eletrônica, pois é uma bicamada de lípides).]  A chamada 'membrana de duplo contorno' corresponde a duas camadas: a mais interna, basófila, é parede celular (cell wall), que é constituída por quitina e outros polissacarídeos.  A mais externa, levemente acidófila, é a porção mais interna da grossa cápsula mucopolissacarídica, que protege o parasita da fagocitose.  A faixa externa incolor, cuja espessura chega quase ao diâmetro do fungo, corresponde ao restante da cápsula.  Trata-se provavelmente de uma região mais hidratada, e pode ter sido esgarçada por artefatos de retração devidos à inclusão em parafina. Em mucicarmim apresenta filetes radiados. 
Para fungos a fresco em preparado com tinta nanquim, clique.  Naqueles, não houve tratamento com álcool e xilol, e a cápsula pode ser visualizada em seu estado natural. 
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Criptococos a fresco em centrifugado de líquor misturado com uma gota de tinta nanquim. Para página de criptococose cerebral, clique
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Para colorações especiais deste caso, clique  »
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Para mais sobre criptococose (do curso de graduação).
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