Departamento de Anatomia PatológicaPatologia Ginecológica |
Os casos clínicos contidos neste site são fruto das reuniões semanais da Prof. Dra. Liliana De Angelo Andrade com os residentes do Departamento de Anatomia Patológica. O objetivo do site é difundir o conhecimento sobre o assunto ajudando estudantes, residentes e profissionais a manterem-se constantemente atualizados.
Caso 197: 57 anos, lesão sólido-cística em tuba esquerda, medindo 6 cm no maior diâmetro.
Descrição microscópica: Na Fig. 1 nota-se a dilatação da parede da tuba que é revestida por epitélio cilíndrico endometrióide. Logo abaixo do epitélio notam-se estroma frouxo e áreas de hemorragia (Fig. 2). No maior aumento são observadas atipias focais no epitélio, hemorragia e macrófagos na camada subepitelial (Fig. 3). A área sólida, nodular é constituída por neoplasia que forma glândulas lado a lado, bem diferenciadas, do tipo endometrióide (Fig. 4), com moderada fibrose de permeio (Fig. 5), glândulas bem diferenciadas, densamente agrupadas (Fig. 6, 7), áreas de necrose (Fig. 8) e de diferenciação escamosa (Fig. 8, 9).
Diagnóstico: ADENOCARCINOMA ENDOMETRIÓIDE BEM DIFERENCIADO COM DIFERENCIAÇÃO ESCAMOSA EM TUBA ESQUERDA, ASSOCIADO À ENDOMETRIOSE TUBÁRIA.
Comentário:Este é um exemplo de adenocarcinoma endometrióide se originando em endometriose tubária. Carcinomas de tuba são muito raros e a maioria (70%) é do tipo seroso. O carcinoma endometrióide na tuba é descrito em apenas 10% dos casos. A endometriose tubária geralmente está associada a outros focos de endometriose pélvica. A lesão pode ocluir a luz da tuba e pode ocorrer depois da ligadura tubária.
Palavra-chave: Ovário