Departamento de Anatomia Patológica

Patologia Ginecológica

         Os casos clínicos contidos neste site são fruto das reuniões semanais da Prof. Dra. Liliana De Angelo Andrade com os residentes do Departamento de Anatomia Patológica. O objetivo do site é difundir o conhecimento sobre o assunto ajudando estudantes, residentes e profissionais a manterem-se constantemente atualizados.



Caso 192: 41 anos, histerectomia total abdominal por leiomioma. À macroscopia, nódulo mal delimitado, de cor amarelada e consistência macia, medindo 2,5x2 cm nos maiores eixos.



Figura 1



Figura 2



Figura 3



Figura 4



Figura 5



Figura 6



Figura 7



Figura 8


Descrição microscópica: O nódulo no miométrio tem limite infiltrativo, é constituído por células pequenas, uniformes, poucas figuras de mitose e vasos delicados, semelhantes às arteríolas espiraladas do estroma endometrial da fase proliferativa (Fig. 1, 2, 3). Em outras áreas, nota-se aspecto cordonal, distribuído em estroma fibroso (Fig. 4, 5). Esta distribuição em cordões se assemelha ao tumor dos cordões sexuais do ovário (Fig. 6, 7, 8), onde a quantidade do estroma colágeno é variada

Diagnóstico: SARCOMA DO ESTROMA ENDOMETRIAL DE BAIXO GRAU, VARIANTE CORDONAL SEMELHANTE AOS TUMORES DOS CORDÕES SEXUAIS.

Comentário:Entre os tumores do estroma endometrial, o sarcoma de baixo grau é o mais comum e ocorre em ampla faixa etária, sendo mais comum na quarta e quinta décadas. São caracterizados pela proliferação de células do estroma endometrial, semelhantes ao endométrio proliferativo, tem limites francamente infiltrativos no miométrio e tendência para invasão vascular. As atipias são leves a moderadas e as figuras de mitose variam em quantidade, geralmente de 4 a 5 em 10 campos de grande aumento. Além da forma usual, são descritas variantes morfológicas como este caso, onde as células se distribuem em cordões que lembram os tumores dos cordões sexuais e estroma ovariano.
Palavra-chave: Corpo uterino