Departamento de Anatomia Patológica

Patologia Ginecológica

         Os casos clínicos contidos neste site são fruto das reuniões semanais da Prof. Dra. Liliana De Angelo Andrade com os residentes do Departamento de Anatomia Patológica. O objetivo do site é difundir o conhecimento sobre o assunto ajudando estudantes, residentes e profissionais a manterem-se constantemente atualizados.



Caso 187: 51 anos com tumor de ovário esquerdo, medindo 18x17x5 cm, com queixa de sangramento na pós-menopausa. À macroscopia o tumor tinha a superfície externa lisa e a de corte mostrava aspecto sólido-cístico, cor amarelada, com múltiplos cistos sero-hemorrágicos



Figura 1



Figura 2



Figura 3



Figura 4



Figura 5



Figura 6



Figura 7



Figura 8


Descrição microscópica: Notam-se áreas hipocelulares ao lado de hipercelulares, padrão lobulado (Fig. 1, 2) e estroma edematoso (Fig. 8). As células neoplásicas crescem em cordões, túbulos, microcistos e áreas sólidas (Fig. 3, 4). As células têm núcleos pequenos, arredondados e pouco citoplasma. As células de Leydig aparecem isoladas ou em pequenos agrupamentos, principalmente nas áreas mais edematosas e mostram citoplasma amplo e eosinófilo (Fig. 5, 6, 7). Os marcadores principais desta neoplasia são: Inibina, Calretinina, WT-1, AE1-AE3, Vimentina, CD56 e SF-1.

Diagnóstico: TUMOR DE SERTOLI-LEYDIG MODERADAMENTE DIFERENCIADO DO OVÁRIO ESQUERDO.

Comentário: O tumor de Sertoli-Leydig é unilateral na maioria dos casos, sólido, amarelado, com ou sem cistos. Microscopicamente é classificado em bem, moderada e pouco diferenciado. Este aspecto lobulado, com áreas hipo e hipercelulares, com variada arquitetura tubular, cordonal, áreas sólidas e microcistos, caracteriza o tipo moderadamente diferenciado, que tem comportamento biológico geralmente benigno, porém pode ter comportamento maligno em cerca de 10% dos casos.

Palavra-chave: Ovário