Departamento de Anatomia PatológicaPatologia Ginecológica |
Os casos clínicos contidos neste site são fruto das reuniões semanais da Prof. Dra. Liliana De Angelo Andrade com os residentes do Departamento de Anatomia Patológica. O objetivo do site é difundir o conhecimento sobre o assunto ajudando estudantes, residentes e profissionais a manterem-se constantemente atualizados.
Caso 184: 47 anos, lesão nodular, exofítica na vulva com 3 cm no maior eixo.
Descrição microscópica: lesão revestida por epitélio escamoso sem atipias, apresentando na derme, proliferação neoplásica de células fusiformes com leve atipia (Fig. 1, 2, 3) e com poucas figuras de mitose (1 mitose em 10 campos de grande aumento, Fig. 4). Indicado estudo IH para melhor classificação sobre a histogênese da lesão. IH: AE1/AE3 negativo; RE negativo; Desmina negativo; 1a4 negativo; S100 negativo; CD34 positivo (Fig. 5).
Diagnóstico: Os aspectos morfológicos associados ao perfil IH são consistentes com DERMATOFIBROSSARCOMA PROTUBERANS.
Comentários: O Dermatofibrossarcoma protuberans é neoplasia mesenquimatosa superficial de baixo grau da pele e subcutâneo. Pela classificação da OMS também é conhecido como sarcoma de baixo grau de células fibroblásticas ou miofibroblásticas. Ocorre em ampla faixa etária, com média de 45 anos, principalmente no tronco (50%), membros, extremidades proximais e distais. Na vulva é raro, sendo poucos casos descritos. Tem crescimento na derme superficial e é localmente agressivo, com recidivas em 20 a 60% dos casos. Metástases são raras. Pela IH, expressa apenas CD34. O tratamento é a ressecção com margens de segurança, podendo ser indicada a cirurgia de Mohs. Referência: Edelweiss M & Malpica A. Am J Surg Pathol 2010; 34:393–400