Departamento de Anatomia Patológica

Patologia Ginecológica

         Os casos clínicos contidos neste site são fruto das reuniões semanais da Prof. Dra. Liliana De Angelo Andrade com os residentes do Departamento de Anatomia Patológica. O objetivo do site é difundir o conhecimento sobre o assunto ajudando estudantes, residentes e profissionais a manterem-se constantemente atualizados.



Caso 167: 36 anos, lesão exofítica polipoide no colo uterino medindo 0,6x0,5cm. Submetida à histerectomia radical.


Figura 1



Figura 2



Figura 3



Figura 4



Figura 5



Figura 6


Descrição microscópica: na junção escamo-colunar nota-se neoplasia epitelial maligna que forma glândulas (Fig.1), ou papilas (Fig.2), com arranjo cribriforme (Fig. 3) e corpos apoptóticos (Fig. 4). Nota-se êmbolo carcinomatoso (seta) em vaso linfático e mitoses altas (setas) nas glândulas neoplásicas (Fig. 6).

Diagnóstico: Adenocarcinoma endocervical do tipo usual, bem diferenciado, relacionado ao HPV, com 33 mm de profundidade de invasão no estroma do colo uterino. Presença de êmbolos carcinomatosos.

Comentário: A proposta atual para classificação internacional dos adenocarcinomas do colo uterino, divide os tumores em: a) associados e b) não associados ao HPV. O adenocarcinoma do tipo usual é associado ao HPV e morfologicamente apresenta núcleos hipercorados, mitoses altas e corpos apoptóticos, dados estes que se relacionam à presença do HPV no tumor. A importância desta nova classificação é o prognóstico da neoplasia, que costuma ser mais agressiva nos tipos não associados ao HPV.
Ref: Am J Surg Pathol 2018; 42(2): 214-26.