Departamento de Anatomia Patológica

Patologia Ginecológica

         Os casos clínicos contidos neste site são fruto das reuniões semanais da Prof. Dra. Liliana De Angelo Andrade com os residentes do Departamento de Anatomia Patológica. O objetivo do site é difundir o conhecimento sobre o assunto ajudando estudantes, residentes e profissionais a manterem-se constantemente atualizados.



Caso 149: B-7116/16: 16 anos com tumor de ovário esquerdo com 22x18 cm, roto.


Figura 1



Figura 2



Figura 3



Figura 4



Figura 5



Figura 6


Descrição microscópica: Neoplasia de padrão sólido, constituída por agrupamentos celulares (Fig. 1) ou cordões de células de núcleos volumosos (Fig. 2, 3, 4), atípicos, com nucléolos evidentes (Fig 5, 6). O estroma é fibroso e contém células inflamatórias do tipo linfócitos e plasmócitos (Fig. 2, 3, 4, 5, 6).

Diagnóstico: Disgerminoma do ovário

Comentário: As neoplasias de células germinativas do ovário ocorrem principalmente nas duas primeiras décadas da vida. Frente a um tumor ovariano nesta faixa etária, deve-se sempre descartar a possibilidade de linhagem germinativa. O disgerminoma é um tumor maligno que corresponde de 5 a 10% das neoplasias malignas que ocorrem nas primeiras décadas. Relembra morfologicamente a gônada primitiva, ainda sem diferenciação e, por isso é idêntico ao seminoma do testículo. A presença do infiltrado inflamatório, a expressão imuno-histoquímica membranosa de CD117, citoplasmática de Podoplanina (D2-40) e nuclear de OCT4, auxiliam no diagnóstico diferencial.