Departamento de Anatomia Patológica

Patologia Ginecológica

         Os casos clínicos contidos neste site são fruto das reuniões semanais da Prof. Dra. Liliana De Angelo Andrade com os residentes do Departamento de Anatomia Patológica. O objetivo do site é difundir o conhecimento sobre o assunto ajudando estudantes, residentes e profissionais a manterem-se constantemente atualizados.



Caso 136: 25 anos, lesão exofítica no colo uterino, sangrante


Figura 1



Figura 2



Figura 3



Figura 4



Figura 5



Figura 6


Descrição microscópica: neoplasia maligna pouco diferenciada, com arranjo trabecular e sólido predominante (Figuras 1, 2, 3), núcleos hipercorados, de volume variado, mitoses freqüentes, corpos apoptóticos (Figura 5) e necrose; focalmente há diferenciação glandular (Figura 4). O estudo imuno-histoquímico demonstrou positividade para cromogranina, sinaptofosina e CD56 e negatividade para p63 (Figura 6).

Diagnóstico: Carcinoma neuro-endócrino de alto grau, de grandes células com áreas de diferenciação glandular, do colo uterino.

Comentário: O carcinoma neuro-endócrino é subdividido em baixo e alto graus, sendo o de baixo grau conhecido como tumor carcinóide. O carcinoma neuro-endócrino de alto grau é neoplasia maligna agressiva, composta por células pequenas ou grandes. Pode apresentar componente in situ do tipo escamoso ou glandular. No diagnóstico diferencial precisamos afastar o carcinoma epidermóide pouco diferenciado, que expressa p63 nuclear, ausente neste caso. Os marcadores de diferenciação neuro-endócrina cromogranina, sinaptofisina e CD56 forma demonstrados neste caso, porém, algumas vezes, apenas um destes marcadores é expresso. Para o diagnóstico definitivo, além da morfologia, os marcdores imuno-histoquímicos são necessários. Os vírus HPV 16 e 18 estão associados à carcinogênese.