Departamento de Anatomia Patológica

Patologia Ginecológica

         Os casos clínicos contidos neste site são fruto das reuniões semanais da Prof. Dra. Liliana De Angelo Andrade com os residentes do Departamento de Anatomia Patológica. O objetivo do site é difundir o conhecimento sobre o assunto ajudando estudantes, residentes e profissionais a manterem-se constantemente atualizados.



Caso 112: 42 anos, tumor de ovário com 16X14X5 cm, superfície externa lisa, superfície de corte com aspecto lobulado e multicístico.


Figura 1



Figura 2



Figura 3



Figura 4



Figura 5


Descrição microscópica: logo abaixo da cortical ovariana nota-se crescimento de neoplasia lobulada constituída por células em arranjo sólido e cordonal (Fig.1, 2). Os cordões são constituídos por células com núcleos monótonos, citoplasma escasso e mitoses infrequentes (Fig. 3). No estroma fibroso, com áreas edematosas notam-se agrupamentos de células maiores, com citoplasma amplo e eosinófilo, as células de Leydig (Fig. 4, 5).

Diagnóstico: Tumor de Sertoli-Leydig moderadamente diferenciado. As reações imunoistoquímicas mostraram positividade para: Inibina + forte e difuso, Calretinina +, VIM +; CD56 +; AE1/AE +.

Comentário: os dois tipos celulares estão bem caracterizados na neoplasia: as células de Sertoli, formando os cordões, e as células de Leydig, em pequenos agrupamentos entre os cordões. É neoplasia rara no ovário e o aspecto macroscópico observado é o mais comum deste tumor, parcialmente sólido e parcialmente cístico, com lobulações. O tipo moderadamente diferenciado apresenta áreas sólidas ou cordonais e pode mostrar aspecto focalmente tubular. A expressão de inibina e calretinina caracteriza a neoplasia.