Departamento de Anatomia Patológica

Patologia Ginecológica

         Os casos clínicos contidos neste site são fruto das reuniões semanais da Prof. Dra. Liliana De Angelo Andrade com os residentes do Departamento de Anatomia Patológica. O objetivo do site é difundir o conhecimento sobre o assunto ajudando estudantes, residentes e profissionais a manterem-se constantemente atualizados.



Caso 91: 43 anos, com tumor pélvico, com 18 cm no maior eixo, crescendo em ovário esquerdo e recebido roto.


Figura 1



Figura 2



Figura 3



Figura 4



Figura 5



Figura 6


Descrição microscópica: neoplasia maligna constituída por células pequenas, em arranjo sólido (Fig 1), cordonal, focalmente com aspecto fusocelular (Fig 2), extensas áreas de necrose e mostrando, em áreas, padrão folicular (Fig 3), com material basófilo de permeio. O índice mitótico é alto, com cerca de 10 figuras de mitose em 10 campos de grande aumento (Fig 4). Exame imunoistoquímico é necessário para fazer o diferencial entre: Carcinoma de pequenas células, melanoma, PNET, linfoma, tumor de células da granulosa juvenil. Pela imunoistoquímica o tumor foi positivo para EMA (Fig 5), WT1 (Fig 6), p53, CD10 e Vimentina, entre vários marcadores avaliados.

Diagnóstico: Carcinoma de pequenas células do tipo hipercalcêmico do ovário.

Comentário: Esta neoplasia é rara e está agrupada entre os tumores de histogênese incerta. Ocorre principalmente em jovens, com menos de 40 anos, e poucos casos tem incidência familiar. Cerca de 60% das pacientes apresentam hipercalcemia no pré-operatório. Apenas 1/3 dos casos é estádio I ao diagnóstico. O comportamento biológico é agressivo. O perfil imunoistoquímico com positividade para EMA e WT1 auxilia no diagnóstico diferencial com outras entidades.