Departamento de Anatomia Patológica

Patologia Ginecológica

         Os casos clínicos contidos neste site são fruto das reuniões semanais da Prof. Dra. Liliana De Angelo Andrade com os residentes do Departamento de Anatomia Patológica. O objetivo do site é difundir o conhecimento sobre o assunto ajudando estudantes, residentes e profissionais a manterem-se constantemente atualizados.



Caso 31: 76 anos, pólipo endometrial.


Figura 1



Figura 2



Figura 3



Figura 4



Figura 5



Figura 6


Descrição microscópica: pólipo constituído por glândulas endometriais císticas, revestidas por epitélio atrófico (Figuras 1 e 2). Focalmente o epitélio da superfície e glândulas no interior do pólipo mostram epitélio atípico, com núcleos volumosos, nucléolos evidentes (Figuras 3, 4 e 5). A reação imunoistoquímica para o p53 mostra a delimitação nítida entre as áreas não reagentes do epitélio atrófico e as áreas reagentes, tanto no epitélio de superfície como nas glândulas dentro do estroma do pólipo (Figura 6).

Diagnóstico: Adenocarcinoma seroso do endométrio associado ao carcinoma endometrial intraepitelial. Neste caso além do epitélio de superfície ser atípico, já existe a invasão do estroma do pólipo. Quando a lesão ocupa apenas a superfície do pólipo, é chamada de carcinoma endometrial intraepitelial. Apesar deste nome, não deve ser considerada um carcinoma in situ, pois freqüentemente se apresenta associada a carcinoma seroso no próprio endométrio, ou em outro local, como a trompa, ovário ou peritônio pélvico. O carcinoma seroso é o tipo histológico mais agressivo, menos comum de carcinoma do endométrio, que ocorre em mulheres mais velhas, não relacionado à hiperplasia endometrial, associado ao epitélio atrófico e à mutação do p53.